SOBRE NÓS


A história do movimento


O MATT - Movimento Autogestionário dos Trabalhadores de Tecnologia - surgiu em meados de 2011 com a tentativa de contribuir com o processo de auto-organização de classe dos trabalhadores de tecnologia de Blumenau. Com o propósito antipartidário e antisindical, o objetivo ainda naquela época, era mobilizar a categoria de forma autônoma para aprovação das reivindicações imediatas e salariais de 2011-2012. Nesse período, houve vários encontros e movimentações de trabalhadores oriundos de diversas empresas da região. Algo que, chegou a mexer até mesmo com a preocupação de sindicatos do setor, assustados com o movimento espontâneo. No entanto, tal espontaneidade não avançou no sentido de criar uma autonomia suficiente que fosse capaz de atingir um conjunto amplo de trabalhadores para lutar, mesmo que minimamente, pelas reivindicações daquele ano. E como, por princípio e essência, a natureza deste movimento é reproduzir relações autônomas (confira as nossas propostas) e ainda, como a luta do MATT também não havia avançado, o movimento quase que desapareceu nesse meio tempo, salvo alguns indivíduos que passaram a atuar isoladamente nos seus locais de trabalho.

O que aconteceu de lá pra cá?


Contudo, passaram os anos de 2013 (com os desdobramentos da jornada de junho) e 2014 (com protestos anticopa e antieleitoral) e mesmo assim ainda nada daquelas reivindicações pautadas num conjunto mínimo de necessidades dos trabalhadores foram atendidas. Dessa forma, é necessário refletirmos sobre os motivos concretos de estarmos há quase 4 anos (não contabilizando anos de migalhas concedidas) de nem se quer ter o mínimo atendido.

Não é novidade para os mais desavisados que o mercado brasileiro de TI cresce a pleno vapor. Crises em outros setores do mercado, principalmente desde de 2008, não foram percebidas pelas empresas de TI, a não ser que de forma positiva. A velha "sacada" do capital para superar as crises já é manjada há tempos: aumentar a exploração dos trabalhadores e investir em tecnologia. Isso é a necessidade fundamental para o capital reproduzir-se e ampliar-se.

Contudo, todo esse crescimento no nosso setor não está se revertendo em crescimento para nós trabalhadores, pelo contrário, possuímos altas jornadas de trabalho, salários baixíssimos em relação a formação exigida, processos e formas organizativas de trabalho altamente burocratizados, etc. Mas os patrões querem mais, banco de horas sem pagar horas-extras, fazer mais com menos, aumentar a produtividade, etc. Seus interesses são antagônicos aos nossos de trabalhadores de fato. Enquanto queremos qualidade no trabalho, os patrões querem lucro, enquanto queremos melhores condições de trabalho, os patrões querem precarizá-lo ainda mais. Toda essa verdadeira opressão que estamos submetidos geram insatisfações localizadas que em determinados momentos culminam com revoltas generalizadas. Dessa forma, ao longo de 2013, ocorreram paralisações em algumas das principais empresas da nossa região (citamos, por exemplo, na Senior Sistemas), porém que não conseguiram criar uma correlação de forças favoráveis a nós trabalhadores.

Assim, é necessário compreender as determinações fundamentais destas lutas localizadas não conseguirem se generalizar. Confira isso em limitações atuais e as nossas propostas no menu de navegação.

Entre em contato conosco pelo e-mail mattblumenau@gmail.com.

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